15 de fevereiro de 2014

Filme: A casa do lago




 Os Sonhos não morrem Jamais

 Os sonhos não morrem...
Tampouco envelhecem...
Por vezes, se escondem...
Se muito, adormecem.

 São bônus da vida...
 Riquezas do ser...
constroem o futuro...
Ajudam a viver.

 E, quando, calados...
No peito escondidos...
No fundo da alma...
Quietos esperam...

 Não importa o tempo,
Que fiquem guardados...
Que passem adormecidos...
Um dia despertam.

Os sonhos são jovens...
São livres,são belos...
 São vôos diretos...
Em busca de paz...

 Alimentam esperanças...
Desejos secretos...
Os sonhos são eternos...
Não morrem jamais.

 Socorro Capiberibe

7 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Bom dia querida
Ainda bem que podemos sonhar. São os sonhos que nos são ânimo para viver e ousar. Mesmo adormecidos eles nos permitem voar.
Beijos e tudo de bom
Gracita

Roselia Bezerra disse...

Olá, querida
Os sonhos não morrem, é bem verdade!!!
Eles podem adormecer mas acordam bem dispostos...
Bjm fraterno

stenio disse...

Interessante, ler agora, este poema sobre sonhos, e eu penso que, mesmo quando não ousamos sonhar, por mil causas, ainda assim eles existem, como é dito no poema: adormecidos. Aconteceu comigo e eu conto em dois pequenos textos, anexos.

PARIS

Bem mais jovem eu tive um chefe que tinha loucura por Paris. Aposentou-se e a primeira providência foi comprar a passagem e posteriormente visitou-a várias vezes. Contava maravilhas sobre a Cidade Luz e ilustrava com fotos e slides, pois as filmadoras ainda não estavam disponíveis como hoje. Aquilo foi despertando também em mim um desejo muito forte de conhecer aquele mundo novo.
Não posso falar que esse desejo era um sonho, pois eu não sabia se tinha direito a eles. E por quê? Eu nasci em um grotão do Ceará, uns dez irmãos e quase nenhuma comida. Criado sem pai, minha mãe mudou-se para Fortaleza em busca de sustento, mas não encontrava emprego nem de doméstica. Meus irmãos mais velhos, todos analfabetos ou semi, também não conseguiam trabalho e assim fomos sobrevivendo, às vezes nem sei como, e, neste cenário, o sonho era o almoço de amanhã, descontados os pesadelos da noite. Minha sorte foi que herdei de minha mãe um bom nível de inteligência e ela, minha mãe, não deixou que eu me ausentasse da escola, mesmo que tenha sido sob a ameaça constante de surras. Mais espanta sonhos e fomento de pesadelos, então, como pensar em Paris?
O nome sobrevivia em minha mente, mas como uma coisa muita vaga e por diversas vezes eu imaginava se realmente existia ou se era produto da minha febre. Quando algum conhecido dizia que tinha ido eu não queria detalhes, porque a mim me pareceriam zombaria, e eu continuaria sem acreditar na existência real da cidade.
Também me aposentei, mas não tive, como meu antigo chefe, direito ao Fundo de Garantia, pois saí em uma tremenda briga com meu empregador, briga esta que já dura mais de treze anos e, apesar de eu ter ganho algumas batalhas, não se tem ideia de quantos anos ainda terei que esperar.
Nestes treze anos, ganhei uma importante batalhe e recebi um, um dos treze devidos e já garantidos em juízo, mas enfim, recebi alguma coisa. Comprei as passagens. A ansiedade e a incredulidade da viagem duraram os infindáveis dias até a ida, e só acreditei que estava mesmo em Paris quando fui liberado pela imigração francesa. Visitei ainda Inglaterra, Bélgica, Holanda e Alemanha, mas nada disso era necessário.
Passei muito sufoco antes de poder ir, e até que não foi preciso muito esforço, mas eu posso afirmar uma coisa: qualquer esforço que eu ou um outro faça, vale a pena! É realmente um sonho e ninguém merece morrer sem ver PARIS.
FEV/2014.

Paris é Uma Festa

A mim sempre me pareceu uma ilusão
E hoje realmente vejo o quanto é louco
Eu descendo em Paris, de um enorme avião
Meu Deus! Para morrer feliz me falta pouco.

Ao embarcar já senti forte o coração
Que dizia: é mentira, pulando em meu peito
Mas fui seguindo acreditando ou não
E em pouco tempo cheguei, o voo perfeito.

Ao passar a alfândega, acreditei então
Que o champanhe que eu tomara, en passant
Era realmente francês, e até mesmo o pão
Maria Antonieta me trocara por croissant.

Vinhos finos de Bordeaux, sempre à mão
No almoço e no jantar, o tempo inteiro
Paris é pura festa, em qualquer estação
Basta ter alegria e, (oui), algum dinheiro.
FEV/2014



Coccinelle Creative disse...

Elogios bom blog! http://coccinellecreative.blogspot.it/

Anônimo disse...

Lindo, lindíssimo.

Todo sonho é uma eternidade colorida de vontades e esperanças.

Um abraço!

stenio disse...

Eu não me lembra de ter postado aqui os textos sobre Paris. Vou postar mais um que fala de sonhos "vetustos e embolorados" que voltam a cintilar. Poma feito a mais de quatro mãos e dedicado a uma pessoa com HIV+.

"Eu conheço pessoas pobres que distribuem sorrisos.
Pessoas ricas, que dividem seu pão.
Pessoas que sofrem, mas comunicam alegria.
Incompreendidas que sabem compreender.
Pacíficas que caminham levando a paz.
Sábias que levam o entendimento a toda parte.
Pessoas bondosas que a todos têm o que dar.
Injustiçadas que souberam perdoar.
Eu conheço essas pessoas, seu segredo é AMAR".
Tânia Lacerda Lima.

Caminhante
Onde passas despertas a centelha da esperança,
Vetustos e embolorados sonhos voltam a cintilar.

Em teus olhos contemplo o brilho das estrelas
Eles refletem a singeleza de teus sentimentos.
Em tua face paira o encanto do firmamento
Será que acompanhas o rastro dos cometas?
Suave é a melodia que entoa tua alma:
riachos sussurrantes, fontes maestrinas.
Ouço o assovio dos ventos, o ramalhar dos cedros,
Sinto o perfume dos bosques por onde passastes,
das multicoloridas flores, das matas orvalhadas,
dos frutos que colhestes em vales distantes.
A lua e as estrelas durante a noite te guiam
Se brilha um raio de luar prossegues teu caminho.
Não existem mapas, a cada passo a vereda se abre,
A trilha se ilumina, prossegues teu rumo peregrino.
Pela estrada vês desertos quedos, campos ceifados
Antro de feras, rochedos, desvios, sombras da noite.
E as estrelas como vagalumes a te indicar o percurso.
Encontrarás colinas, florestas cerradas, mares bravios
Escalarás montanhas, alcançarás o cume dos penhascos.
Teus passos valentes te empurram sempre em frente
Ora lento e cuidadoso, ora lépido e arrojado,
Temeroso ou destemido, ora incerto e vacilante.
Há muitas formas de caminhar e para cada passada
A definição de um novo rumo, novos cenários,
Trilhas inexploradas, aventuras e obstáculos.
Grandes, às vezes, tanto que parecerão intransponíveis,
Mas aos teus olhos tudo será aprendizado.
Nada é casual, tudo é exatamente como deveria ser.
Através das pedras agregas experiência, vivência ...
Durante o dia as árvores se curvam para te abraçar
Enquanto o sol ao longe te contempla e fustiga,
Mas quando ele se ausenta e a lua é toda brilho
Te sentes impelido a um descanso.
Será que tens um porto, um destino?
Indagam teus pés itinerantes, machucados....
Melhor seria ter asas, e não voar no chão.
Alma sempre sedenta, sorve o orvalho celeste
Maná que te sacia, renova as forças, sara as feridas.
Enquanto sem olhares para trás vês tuas pegadas
Indeléveis marcas ... na estrada da vida.
Tafnes e Stenio.
Julho de 2009.

Se alguém perguntar por mim diga que pinto poesias, não gosto de desalegrias e amo a paixão. Nos traços de uma pintura imagino a saudade e todo o amor que invade o sentimento de um coração 

 Marcos Andruchak